Sustentabilidade

Sustentabilidade da moda é destaque na Semana Fashion Revolution

Perante um público especializado em moda, Gustavo Loiola, supervisor de Sustentabilidade do ISAE; Francesca Córdova, criadora do projeto Manus Movement e empresária da moda sustentável, Elaine Piovezan, pós-graduada em Gestão da Moda e técnica em estilismo e confecção industrial, mediados pela professora do ISAE, Vanessa Weber, apresentaram suas visões sobre moda e a revolução que deve ocorrer para a sustentabilidade dos negócios e do mundo. O evento foi coordenado pela vice-coordenadora do CASEM, Mariana Schuchovski, e realizado pelo ISAE Escola de Negócios em parceria com o Conselho de Ação para Sustentabilidade Empresarial (CASEM) e a Universidade Livre do Comércio, ambos da ACP.

“Hoje, não há o interesse pela moda como um fenômeno cultural, existe apenas um interesse por adquirir roupas. Há a necessidade da criação de um consumo consciente. Não podemos achar que uma blusa com seu custo à $5 possui um processo de fabricação justo. Existe um gap, em algum momento da cadeia produtiva”, relata Francesca. Já Elaine resgata o termo “tempos líquidos” adequando-o ao universo fashion. Para ela não existe mais a fidelidade à marca. “Hoje o consumo está intenso, rápido e descartável. As marcas devem proporcionar experiências aos seus clientes, devem envolve-los emocionalmente”.

Gustavo começou seu discurso com a seguinte pergunta: “Ser sustentável está na moda?” e apresentou um quadro de oportunidades, desafios e futuro do mundo fashion. “10% das emissões de carbono mundiais são da indústria de vestiário; essas mesmas indústrias são o 2.º maior usuário de água do mundo; fazendas de algodão são responsáveis por 24% do uso de inseticidas e 11% dos pesticidas. Porém, nem tudo está perdido; os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nos auxiliam a transformar esses desafios em oportunidades de negócios”, relata. A apresentação seguiu com exemplos de sucesso. “É possível promover rentabilidade para a empresa utilizando a economia circular agregada à cadeia produtiva do negócio, tecnologias a favor da eficiência elétrica e fidelizar o cliente em causas que gerem impacto de valor social à marca”, finaliza.