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A expansão das cooperativas para os centros urbanos

 

Já foi o tempo em que as atividades cooperativistas ficavam restritas apenas às áreas rurais. A expansão das cooperativas para os centros urbanos, sobretudo quando se trata do segmento de crédito, já se mostra uma realidade.

 

Por confiar e ver resultado nessa proposta, o  ISAE tem contribuído para que a indústria cooperativista cresça ainda mais no Paraná, elevando os níveis de referência do modelo no estado e valorizando a sua expansão. 

 

Conheça as expectativas do crescimento do cooperativismo e as ações do ISAE em prol disso!

 

 

Uma união que deu certo

 

O cooperativismo consegue unir duas forças que podem parecer antagônicas num primeiro momento: desenvolvimento econômico e desenvolvimento social. A proposta desse modelo é promover a colaboração de pessoas com interesses comuns, conquistando vantagens que seriam muito mais difíceis de serem alcançadas se estivessem sozinhas. 

 

O coletivo é a essência do cooperativismo, se mostrando ainda mais essencial no período de enfrentamento da pandemia, conforme conta o professor de Cooperativismo do ISAE, Mauri Pimentel. 

 

“Se há uma coisa que a pandemia nos ensinou é que estar junto é muito mais inteligente! As soluções compartilhadas promovem economias de escala e ganhos de qualidade muitas vezes impossíveis de serem acessados pelas pessoas de maneira individual. Só a ação coletiva proporciona esse resultado”, explica Pimentel.

 

Uma breve história do cooperativismo no mundo 

 

Traçando um contexto histórico, o cooperativismo começou em 1844, na cidade inglesa de Rochdale. A história teve seu pontapé inicial quando 27 homens e uma mulher resolveram abrir um armazém

 

Unidos por seu objetivo, adquiriram insumos em grande quantidade para conseguir preços melhores. Depois, repartiram igualmente as compras entre os membros do grupo

 

A estratégia foi sinônimo de prosperidade. 12 anos depois, a Sociedade dos Probos de Rochdale contava com 3.450 sócios – e um capital que foi de 28 libras para 152 mil libras.

 

No Brasil, o cooperativismo entrou em cena no fim do século XIX, nos estados de Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A cooperativa de crédito mais antiga da América Latina, e ainda firme e forte, foi fundada em 1902, no município de Nova Petrópolis/RS. 

 

Ficou curioso para saber qual é o nome dessa empresa? Era a chamada Caixa de Economia e Empréstimo Amstad, que é a atual Sicred Pioneira RS. São vários os ramos de atuação do cooperativismo. 

 

expansão das cooperativas

 

Veja a lista mais recente de classificação dos segmentos de cooperativas:

 

  • Agropecuário: diz respeito às cooperativas de produtores rurais e de pescadores, entre outras. Preza pelo apoio na comercialização e no armazenamento da produção, além de prestar assistência técnica aos associados.

 

  • Crédito: formado por cooperativas que oferecem serviços financeiros, como empréstimo, financiamento e aplicações. A ideia é facilitar a entrada dos cooperados e da sociedade no mercado, já que operam com taxas mais baixas e com menos burocracia.

 

  • Transporte: abrange pessoas que atuam no transporte de passageiros e as que transportam cargas. A exigência é que os cooperados sejam donos dos veículos em circulação. Dentro dessa categoria, existem modalidades para os tipos de transporte, sendo que cada uma possui suas especificidades.

 

  • Trabalho, Produção de Bens e Serviços: aqui se engloba a prestação de serviços especializados. Tem o objetivo de aumentar a remuneração dos cooperados e melhorar as condições de trabalho das determinadas categorias envolvidas.

 

  • Saúde: pode ser composta por profissionais da saúde, como médicos, enfermeiros e dentistas, mas também pode contemplar cidadãos de fora da área, mas que desejam constituir uma operadora de plano de saúde.

 

  • Consumo: o objetivo é viabilizar a compra coletiva de produtos ou serviços. Assim, os cooperados conseguem valores mais competitivos e poupam recursos, garantindo a sustentabilidade financeira do seu empreendimento.

 

  • Infraestrutura: aqui se trata do fornecimento de imóveis, energia elétrica, rede de telefonia etc. Isso possibilita o acesso a uma estrutura básica para o crescimento econômico e produtivo dos cooperados.

 

Tudo isso mostra o quanto o cooperativismo é um modelo estruturado e com chances ricas de desenvolvimento, visto o empenho dos cooperados em prol do objetivo em comum e a organização das áreas de atuação. Sendo assim, a expansão das cooperativas para os centros urbanos se torna uma realidade cada vez mais frequente e justificável.

 

 

Traçando mais caminhos

 

 

Segundo o Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), o cooperativismo está presente em pelo menos 100 países do mundo, além de ter criado mais de 250 milhões de empregos. 

 

Com estimativas de que uma em cada sete pessoas esteja ligada ao cooperativismo, nota-se o quanto o segmento cresceu nos seus mais de 170 anos de história. 

 

Esse avanço possibilitou seguir novos caminhos: um deles foi a expansão das cooperativas, que antes ficavam no campo,  para os centros urbanos, saindo do local restrito de desenvolvimento.

 

Um exemplo disso é o das cooperativas de crédito. Conforme dados de um estudo recente realizado pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, nos grandes centros urbanos, durante a pandemia, as cooperativas de crédito lideraram a concessão de crédito para micro e pequenas empresas quando comparadas com os bancos tradicionais

 

As razões são claras: o estudo mostrou que a taxa de sucesso na concessão dos créditos solicitados neste período nas cooperativas superam 31% contra apenas 12% em bancos privados e 9% em bancos públicos, visto as condições mais acessíveis e menos burocráticas para conseguir uma margem de crédito.

 

Uma ideia que rende ótimos frutos

 

Esse contexto possibilitou que as cooperativas de crédito dessem um passo firme para novos mercados. E a ideia rende ótimos frutos! 

 

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) indica que o cooperativismo de crédito incrementa o PIB per capita dos municípios onde ele se apresenta em cerca de 5,6%

 

Dessa forma, possibilita 6,2% mais vagas de trabalho formal e contribui para um aumento de 15,7% no número de estabelecimentos comerciais, estimulando o empreendedorismo das cidades em que se insere. 

 

Além disso, essa mesma pesquisa da FIPE indicou que, a cada R$1,00 em crédito concedido pelas cooperativas, gera-se um aumento de R$2,45 no PIB, e que, a cada R$35,8 mil de crédito concedidos pelas cooperativas, uma nova vaga de emprego se abre no Brasil.

 

Segundo Mauri Pimentel, essa característica particular do cooperativismo traz uma série de benefícios para os cooperados, tornando a relação ainda mais duradoura e com um futuro frutífero, mesmo no cenário pós-pandemia. 

 

“O modelo proporciona opções justas, economicamente viáveis e com qualidade acima da média, desde que para isso o indivíduo seja capaz de empreender com seus pares e assumir uma posição protagonista nas relações de trabalho e consumo. Acredito veementemente que o cooperativismo irá crescer de forma ainda mais virtuosa no pós-pandemia, seja nas capitais ou no interior, pois quem experimentou gostou do que viu e irá, seguramente, querer mais”, finaliza.

 

O ISAE e as cooperativas

 

O ISAE é parceiro de longa data do cooperativismo brasileiro. Desde sua fundação, há mais de 25 anos, a instituição traduz por meio de programas educacionais junto aos SESCOOPs e cooperativas de diversos estados os valores da Governança, da Inovação e da Sustentabilidade. Mais de 220 cooperativas foram atendidas nas iniciativas oferecidas.

 

Dentre os estímulos oferecidos pelo ISAE está o Programa de Inovação para o Cooperativismo, que atendeu mais de 1.500 participantes. Pioneira no Brasil, a iniciativa tem o propósito de formar Agentes de Inovação através de uma metodologia exclusiva. 

 

O Programa aborda tópicos atuais aplicados à realidade cooperativista e ainda promove o desenvolvimento de um Programa de Inovação exclusivo da cooperativa ao longo da capacitação.

 

Além disso, o ISAE oferece Graduação EAD em Gestão de Cooperativas, pós-graduações exclusivas na área, Programa de Desenvolvimento de Conselheiros Fiscais de Cooperativas e outros processos educativos de qualidade para quem quer se aprimorar, estimulando, assim, que mais pessoas busquem se especializar numa área com tendência favorável de crescimento. O ISAE pensa e preza por um futuro de qualidade. Venha conhecer mais sobre as iniciativas!

 

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