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Sistema OCB lança Programa de Formação de Agentes de Inovação no Cooperativismo Brasileiro em parceria com o ISAE

 

Quando pensamos em inovação, é comum que, para muitos, venha à mente a imagem de computadores, telefones, robôs ou outras ferramentas tecnológicas. De fato, elas fazem parte do contexto, mas elas não são o seu principal foco. Isso porque, a inovação deve, antes de mais nada, ser feita por pessoas e para pessoas.

 

Pensando nisso, foi lançado pelo Sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil) em parceria com o ISAE, o Programa de Formação de Agentes de Inovação do Cooperativismo Brasileiro. Por meio de um webinar realizado nesta quarta-feira (23), o programa irá capacitar agentes de inovação do Sistema OCB e das cooperativas vencedoras nas diversas categorias do prêmio Somos Coop para que se tornem agentes multiplicadores e, assim, façam com que a inovação no cooperativismo chegue cada vez mais longe.

 

Para tornar isso possível, o programa desenvolvido pelo ISAE Inova será realizado em duas turmas com colaboradores das cooperativas que ficaram em 1º lugar no Prêmio SomosCoop Melhores do ano, colaboradores de confederações e federações nacionais e colaboradores das UEs e UNs do Sistema OCB.

 

Pesquisa – Inovação para o Cooperativismo

Não basta inovar. É preciso saber onde está e onde se quer chegar.

 

Com isso em mente, o desenvolvimento do Programa de Formação de Agentes de Inovação do Cooperativismo Brasileiro será adaptado, tendo como base concreta a Pesquisa sobre a inovação para o Cooperativismo, material desenvolvido pela OCB e conduzida pela Checon, empresa especializada e com experiência em atuação no cooperativismo.

 

Samara Araujo, Coordenadora de inovação da OCB, apresentou no webinar os primeiros dados da pesquisa que teve como objetivo conhecer e identificar o ecossistema de inovação do cooperativismo, os projetos de cooperativas com foco em inovação, os níveis de maturidade e os desafios e oportunidades para inovação das cooperativas.

 

Para alcançar esses resultados foram realizadas 14 entrevistas qualitativas por telefone e 474 entrevistas quantitativas realizadas via web por meio de um questionário único entre os dias 16/11/20 e 01/02/21 com representantes de todas as regiões do país, sendo eles 24% do Sul do Brasil, 11% do Centro-Oeste, 33% do Sudeste, 22% do Nordeste e 9% do norte do país.

 

Confira os principais dados obtidos:


– 84% das cooperativas consideram a inovação muito importante, com média de 9,5;
– Apesar de considerarem a inovação muito importante, as cooperativas consideram a si mesmas como tendo um grau de inovação de 6,1;
– 47% das cooperativas já tinham projetos de inovação, que foram acelerados devido à pandemia do Coronavírus;
– Os principais setores onde foram realizadas a inovação são relacionados ao atendimento ao cliente (64%), marketing e comunicação externa (60%) e tecnologia (53%);
– Os principais impactos mencionados quanto à implementação da inovação são: Agilidade em procedimentos internos (52%), oferta de novos produtos/serviços (35%), competitividade (25%), visilibidade (25%), divulgação da marca (25%).
– 9 em cada 10 cooperativas (88%), consideram que o tempo médio de retorno se deu em um prazo inferior a 12 meses;
– Mais da metade das cooperativas (56%) considera inovar mais ou igualmente em comparação a outras cooperativas;
– Com relação a outras empresas, apenas uma em cada quatro cooperativas (23%) considera inovar mais ou na mesma proporção do que os concorrentes.
– 57% buscaram pessoas ou empresas externas para definir ou aprender sobre os projetos de inovação;
– 7 em cada 10 cooperativas não priorizam a inovação com relação ao volume de recursos direcionados a ela;
– A falta de recursos financeiros é aponta como a principal dificuldade enfrentada para inovar (40%);
– Capacitação, treinamento, cursos, consultoria e eventos são apontadas como a principal forma de apoiar a inovação;

 

O ramo de atuação daqueles que responderam à pesquisa, correspondem a 30% da área de crédito, 22% do setor agropecuário, 17% da saúde, 16% do trabalho e produção de bens, 7% do transporte, 6% do consumo e 2% da infraestrutura.

 

O Programa de Formação de Agentes de Inovação do Cooperativismo Brasileiro – Como vai funcionar

“Vamos transformar habilidades individuais em genialidade coletiva”.

 

É dessa forma que Thiago Martins Diogo, Coordenador de Programas de Inovação para o Cooperativismo do ISAE, apresentou como será a funcionalidade do Programa de Inovação no Cooperativismo Brasileiro, um processo de aprendizagem e transformação que vai ocorrer ao longo de 192 horas preparando os agentes para a mudança ao longo de quatro trilhas de conhecimento.

 

Para isso, o programa irá contar com toda a experiência do ISAE, construída ao longo dos seus 25 anos de atuação no fornecimento de soluções educacionais para o cooperativismo, como frisou na ocasião, o Vice-Presidente do ISAE, Roberto Pasinato.

 

E para celebrar o lançamento do programa, o webinar contou ainda com a participação do presidente da OCB, Marcio Lopes de Freitas, que frisou: “Quando falamos em inovação, em visão, em desenvolvimento estratégico para a inovação, estamos falando em estar ligado no que virá adiante. Acredito que essa é uma oportunidade muito grande para o cooperativismo. É para isso que estamos pensando nesse fortalecimento. É esse o caminho para o cooperativismo, com cada vez mais intensidade”.

 

Assista no vídeo abaixo como foi o lançamento do Programa de Inovação no Cooperativismo Brasileiro: