Muitas vezes utilizados como sinônimos, criatividade e inovação são conceitos muito valorizados pelas organizações e pelo mercado. A criatividade refere-se à habilidade de gerar novas ideias, o que ocorre através do pensamento criativo individual ou coletivo. Por outro lado, a inovação diz respeito ao processo de implantar, de forma bem-sucedida, as ideias criativas.
Independentemente do segmento de atuação, as organizações precisam considerar a criatividade e a inovação ativos importantes para o aumento da competitividade, produtividade, qualidade e, consequentemente, para sua sustentabilidade.
Através de uma pesquisa realizada em 2016, pela empresa americana Adobe, participantes identificados como criativos recebem rendimentos 13% maior do que os não-criativos. A pesquisa aponta ainda, que 78% das empresas que investem em criatividade percebem aumento da produtividade da sua força de trabalho e em 76% delas os colaboradores sentem-se mais felizes com o trabalho. A pesquisa entrevistou mais de 5 mil adultos em 5 países.
Outro destaque importante identificado na pesquisa é que 83% dos entrevistados entendem que as organizações que investem no desenvolvimento da criatividade são mais propensas a fomentar a inovação internamente.
Quando criatividade e inovação caminham juntas, a chance para o desenvolvimento da cultura da inovação torna-se possível.
Existem inúmeros estudos que provam que a criatividade é uma competência que pode (e deve) ser desenvolvida. Na década de 1960, o pesquisador George Land conduziu um estudo com 1.600 crianças de 5 anos de idade, das quais 98% obtiveram o índice de “altamente criativa”. Seu estudo foi repetido posteriormente, quando os membros do grupo pesquisado estavam com 10, 15 e 25 anos de idade. O índice de criatividade despencou para 30%, 12% e 2%, respectivamente. O Doutor Land deduziu, a partir de seu próprio estudo, que o comportamento não criativo é aprendido pelas pessoas.
Albert Einstein referiu-se a seu trabalho como “arte combinatória”, onde a chave é selecionar informações, percepções e materiais com o intuito de produzir combinações que sejam novas e úteis.
Precisamos, portanto, compreender que a organização precisa possuir processos bem claros e definidos, considerar a diversidade entre membros, incentivar ideias e sugestões de melhoria, estimular as relações interpessoais e colaborativas, bem como proporcionar momentos para comunicação entre os diversos profissionais.
Organizações extremamente burocráticas ou muito hierarquizadas dificilmente propiciam um ambiente criativo. Portanto, é necessário que haja uma avaliação cuidadosa da estrutura organizacional e do seu modelo de gestão antes de investir em ações isoladas de geração de ideias ou implementação de inovações.
E aí! Pronto para inovar?